domingo, 12 de junho de 2011

ESTRADA DE FERRO SÃO LUIZ-CAXIAS















CAPÍTULO II
Numa deliciosa semana de maio ou junho - já nem lembramos mais, faz quase mil anos - de 1913, tivemos a feliz oportunidade de viajar sobre a sinusoidal tranquilidade das águas do rio Itapecuru, entre São Luís do Maranhão e Caxias.

Data, por certo, dessa magnífica aventura e inefável sensação de volúpia mansa que nos invadia todas as vezes que, posteriormente, realizando trabalhos topográficos, penetrávamos em alguma floresta e sentávamos para descansar o corpo e alma na margem acariciadora de algum rio.

Contém-se em nós um religioso sibaritismo de fruir o feiticeiro encanto das coisas serenas e virgens.
Bem razão tinha Montaigne, o incontestável precursor da geografia humana, ao defender a supremacia do "estado natural" em relação a determinados aspectos de uma pretensa civilização.

Havíamos aprendido a ser pagãos com nossa mãe, uma mulher de rara sensibilidade e da mais original inteligência; quando ela fazia versos exaltava a natureza, a floresta, a madrugada; se chovia, mandava os filhos para chuva; e nos dava seguidamente nos dias de grande verão, deliciosos copos de refresco de limão e de caju.

Nosso tropismo pela natureza, nossa sedução pelas águas, são hereditários. * (...)
"A descrição do texto continua" *(...).

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